A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, afirmou que o futuro da Groenlândia será decidido pelos próprios moradores da região, descartando qualquer possibilidade de venda do território aos Estados Unidos. Frederiksen reforçou a importância dos EUA como aliados estratégicos, mas destacou que a Groenlândia “não está à venda”. As declarações ocorrem em meio a visitas de figuras influentes, como Donald Trump Jr., que promoveram a ideia de anexação do território ao governo americano, citando interesses estratégicos e minerais da região.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, reforçou o desejo de independência da Dinamarca, mencionando que isso seria um passo importante para superar o passado colonial. Apesar de defender a autonomia, Egede enfatizou que não tem interesse em que o território se torne parte dos EUA. A questão da independência ganha força no contexto das próximas eleições parlamentares, previstas para ocorrer até abril, enquanto o debate sobre soberania e exploração de recursos minerais se intensifica.
O território da Groenlândia, com cerca de 56 mil habitantes, é estratégico tanto por sua localização quanto por seus recursos naturais, como minerais valiosos. Figuras públicas nos EUA, incluindo empresários, manifestaram apoio à anexação, alegando benefícios mútuos. No entanto, as lideranças groenlandesas e dinamarquesas mantêm a posição de que a decisão deve respeitar os princípios de autodeterminação, garantindo que o futuro da maior ilha do mundo seja decidido por sua população local.