A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Rio Branco, iniciada em 16 de julho de 2024, durou 114 dias e foi encerrada em 6 de novembro de 2024. No entanto, mesmo após o fim da paralisação, os trabalhadores apontaram que suas principais demandas não foram atendidas. Entre as reivindicações estavam a reestruturação de carreira, melhorias nas condições de trabalho, e investimentos em tecnologia. Segundo os servidores, o acordo assinado com o governo não contemplou essas questões, levando muitos a retornarem ao trabalho sob pressão e com a imposição de novas metas.
Os servidores, que anteriormente atuavam em regime de teletrabalho, também foram obrigados a voltar ao atendimento presencial, o que gerou insatisfação. A decisão de retomar o trabalho foi forçada por um decreto que impôs a presença nas agências, sob o risco de faltas no ponto, e limitou o número de servidores em regime de greve a 20%. A categoria expressou frustração por não ver avanços significativos nas condições de trabalho e nas demandas por uma carreira mais estruturada e valorizada.
Em meio a esse contexto, os servidores destacaram que o governo federal impôs a conclusão da greve sem apresentar soluções satisfatórias para as reivindicações da categoria. O fim da greve e o retorno aos atendimentos não impediram que a insatisfação persistisse, com os trabalhadores apontando que as promessas feitas durante o processo não se traduziram em ações concretas. Apesar das manifestações em Brasília, o movimento não obteve êxito em pressionar por mudanças reais, deixando a categoria desiludida com os resultados.