O início do ano letivo de 2025 na rede estadual de ensino do Pará foi marcado pela greve de professores, que resultou em aulas suspensas em algumas escolas. Enquanto algumas unidades seguiram com as atividades normalmente, com o apoio de professores que não aderiram ao movimento e de novos contratados, outras registraram manifestações. A principal reivindicação dos docentes é a revogação da Lei do Magistério, que, segundo eles, retira direitos históricos da categoria, como a criação dos Quadros Suplementares, ocupados por profissionais sem concurso público.
Apesar da greve, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) garantiu que as aulas continuassem, convocando 2.300 novos professores por meio de um processo seletivo simplificado para suprir a falta de docentes. A dirigente regional de Ensino da Seduc, Geovania Paiva, afirmou que a prioridade foi assegurar que os alunos fossem recebidos nas escolas, reforçando que a greve é um direito dos professores assim como o direito ao estudo é dos alunos. A adesão ao movimento variou, com algumas escolas tendo 50% dos profissionais em greve.
A greve, que se estendeu para outras cidades além de Belém, já afeta 61 municípios do estado, com adesão por tempo indeterminado. A Seduc, por sua vez, informou que, apesar da greve, o calendário escolar se manteve, com mais de 500 mil alunos voltando às aulas. A secretaria também destacou que o estado paga um dos maiores salários médios do Brasil aos professores, o que, segundo dados do Inep, chega a R$ 11.400.