A greve dos motoristas de ônibus de João Pessoa, iniciada em 27 de janeiro de 2025, continua impactando a mobilidade urbana da cidade. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-13) determinou que 60% da frota circulasse durante a paralisação, mas a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) constatou que apenas 25,49% dos ônibus estavam em operação. Isso resultou em lotação nas paradas e longas esperas para os passageiros, que buscaram alternativas de transporte como carros de aplicativos.
Os motoristas exigem reajuste salarial de 15%, além da retomada do vale-alimentação, e outras melhorias nas condições de trabalho, como aumento no valor do auxílio-alimentação e gratificação. No entanto, as propostas oferecidas pelas empresas de transporte não foram aceitas pela categoria, o que levou à continuidade da greve. O sindicato dos motoristas acusou as empresas de não atender às suas demandas, e os representantes patronais denunciaram bloqueios na saída de ônibus das garagens.
A greve afeta diretamente cerca de 100 mil passageiros, que enfrentam dificuldades diárias no transporte público. Para amenizar os transtornos, a Semob-JP liberou faixas exclusivas para ônibus para a circulação de veículos particulares e transportes por aplicativos. A situação segue sem previsão de normalização, e uma nova audiência de conciliação está marcada para o dia 29 de janeiro, com a expectativa de um possível acordo entre as partes envolvidas.