Valdinéia Satil, de 23 anos, está grávida de gêmeas siamesas, que estão unidas do tórax até a bacia. Dada a complexidade do caso, ela se deslocou de Buritis, Rondônia, para Goiânia, onde está recebendo acompanhamento médico especializado no Hospital Estadual da Mulher (Hemu), sob a orientação do cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que é referência na separação de gêmeos siameses. O médico destacou que a possibilidade de separação será avaliada após o nascimento das meninas, que ainda não tem data definida, mas pode ocorrer prematuramente.
A gravidez está em seu sétimo mês, e Valdinéia está sendo acompanhada de perto, realizando exames para garantir a saúde das gêmeas. Ela viajou acompanhada de sua mãe, Rosiane Satil, e ambas estão hospedadas em uma casa de apoio mantida pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Durante o processo, a mãe relatou que a descoberta de que as filhas seriam gêmeas siamesas gerou uma mistura de emoção e preocupação, dada a raridade e os desafios desse tipo de gestação.
O caso de Valdinéia é considerado um dos mais complexos atendidos pelo médico, que já realizou 22 cirurgias de separação de gêmeos siameses. A expectativa é que, após o nascimento, o médico e sua equipe avaliem as condições das gêmeas para determinar o melhor caminho. Além disso, a gravidade do caso é destacada, sendo considerada uma das formas mais severas de união entre siamesas, ficando atrás apenas dos casos em que as gêmeas são unidas pela cabeça.