Governos de estados democratas e grupos de direitos civis estão questionando uma ordem executiva do presidente Donald Trump que revoga a cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais ou com visto temporário nascidos nos Estados Unidos. As ações foram protocoladas no dia 21 de janeiro, após a posse de Trump, e alegam que a medida é inconstitucional, violando a 14ª Emenda da Constituição dos EUA. A emenda garante que qualquer pessoa nascida no território americano seja considerada cidadã.
A medida tem como objetivo combater a imigração ilegal, mas gerou reações imediatas de 18 estados, do Distrito de Colúmbia e de São Francisco. O decreto de Trump proíbe as agências federais de reconhecerem a cidadania de crianças cujos pais estão nos EUA ilegalmente ou com visto temporário. A ação questiona a legalidade dessa revogação, destacando que uma decisão da Suprema Corte de 1898 garante o direito à cidadania para filhos de imigrantes não cidadãos.
Se a ordem for mantida, estima-se que mais de 150 mil crianças perderiam o direito à cidadania americana anualmente. Além disso, a medida reforça a oposição de estados governados por democratas a outras ações de Trump, como a criação do Departamento de Eficiência Governamental e a redução de proteções trabalhistas para funcionários públicos. A Casa Branca ainda não se manifestou oficialmente sobre os desafios legais.