A discussão sobre a regulação das redes sociais no Brasil se tornou um tema central, com impacto profundo nas instituições e na sociedade. No entanto, ao invés de ser tratada como uma questão fundamental de marketing e proteção da democracia, a regulação das redes sociais está sendo abordada pelo governo como uma ferramenta para garantir o controle narrativo de seu principal grupo político. Esse foco no controle político, e não em uma regulamentação ampla e estruturada, tem gerado críticas sobre a falta de um debate legítimo sobre o tema.
O governo federal, por meio de suas ações, tem se posicionado contra as grandes plataformas de tecnologia, associando-as a tendências políticas que considera adversárias. Para o Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF), a regulação das redes sociais não é apenas uma medida técnica, mas uma questão de alinhamento político. Essa postura reflete a polarização atual, que torna ainda mais difícil o avanço de uma regulação justa e equilibrada, já que a discussão tem sido moldada pelo contexto de uma disputa política acirrada.
A falta de consenso sobre a regulação das redes sociais é evidente, e essa questão se complica ainda mais quando se observa o cenário internacional, em que países com diferentes interpretações sobre a liberdade de expressão nas redes enfrentam desafios semelhantes. A polêmica sobre a regulação das big techs no Brasil reflete não só um cenário local de desconfiança, mas também uma situação global em que o papel das redes sociais na política e na sociedade está sendo constantemente redefinido.