No início do governo de Donald Trump, mudanças significativas começaram a afetar a imigração nos Estados Unidos, especialmente no que diz respeito aos imigrantes sem documentação. Uma das principais ações foi a assinatura de ordens executivas que ampliaram os poderes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), permitindo uma fiscalização mais rígida em áreas sensíveis e a aceleração das deportações. O governo também expandiu a remoção acelerada, procedimento que permite a deportação sem julgamento formal, visando aqueles que não conseguem comprovar que viveram no país por mais de dois anos.
A remoção acelerada, instituída em 1996, foi ampliada pela administração Trump e agora pode ser aplicada a imigrantes em qualquer parte dos Estados Unidos que se encontrem no país há menos de dois anos e que não possam demonstrar uma permanência contínua. A medida, que busca acelerar o processo de deportação, não permite apelação em muitos casos e resulta em uma proibição de reentrada de cinco anos para os deportados. A medida se aplica também a quem entrou no país com documentos falsificados ou com intenção de fraudar o sistema.
Além da remoção acelerada, o governo de Trump suspendeu os voos destinados a refugiados que aguardavam para entrar nos Estados Unidos, tornando ainda mais difícil a entrada de estrangeiros no país. A aplicação dessas novas políticas reflete um endurecimento na postura em relação à imigração, incluindo ações dentro do território americano, o que marca uma mudança em relação às práticas anteriores que se concentravam principalmente nas fronteiras.