O governo de Donald Trump anunciou na terça-feira (21) que vai restabelecer o programa “fique no México”, que obriga os solicitantes de asilo não mexicanos a aguardarem no México enquanto seus casos são analisados. A medida, interrompida pelo governo de Joe Biden em 2021, visa combater pedidos de asilo fraudulentos, mas é criticada por ativistas que apontam os riscos enfrentados pelos imigrantes em território mexicano, especialmente famílias com crianças. Trump retomou a presidência no dia 20 de janeiro e prometeu intensificar políticas de segurança na fronteira, incluindo a reativação do programa.
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos confirmou que o programa será reiniciado imediatamente, aproveitando uma brecha legal relacionada ao encerramento anterior. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, se posicionou sobre a decisão, afirmando que seu governo continuará a atender as necessidades humanitárias dos imigrantes, embora também se comprometa a repatriar estrangeiros para seus países de origem. A retomada do programa é vista como uma medida para limitar a entrada irregular de imigrantes, mas gerou divisões quanto aos impactos humanitários.
Além do retorno do “fique no México”, o governo Trump anunciou outras políticas de imigração mais agressivas, que incluem deportações em massa. A implementação dessas medidas já gerou preocupações entre autoridades locais e estaduais, especialmente em cidades com grandes populações imigrantes. Embora algumas lideranças se preparem para apoiar as comunidades migrantes, outras demonstraram apoio às políticas propostas por Trump, o que promete gerar um cenário de incerteza e controvérsia no país.