O governo de Donald Trump concedeu aos agentes de imigração poderes ampliados para deportar cerca de 1,4 milhão de pessoas que entraram legalmente nos Estados Unidos ou sob autorização temporária, incluindo refugiados e pessoas que fugiram de zonas de guerra. Essa medida foi delineada em um memorando obtido pelo New York Times, que também destaca o risco de deportações sumárias sem o devido processo legal. A ação afetaria especialmente aqueles que entraram no país por meio de programas da administração Biden, como o CBP One e o programa de proteção temporária para cidadãos de países como Cuba, Venezuela, Haiti e Nicarágua.
A medida foi amplamente criticada por defensores dos direitos humanos e especialistas jurídicos, que apontaram sua ilegalidade e o impacto devastador para pessoas que buscam refúgio. Alguns grupos consideram que a deportação de afegãos e ucranianos, por exemplo, pode ser fatal, dada a situação de insegurança em seus países de origem. Organizações como a ACLU já entraram com processos judiciais questionando a validade do decreto, alegando que ele infringe a Constituição e a legislação federal, comprometendo o devido processo legal.
Além das críticas jurídicas, a medida também gerou resistência em cidades norte-americanas, como Chicago e Denver, onde prefeitos se recusaram a colaborar com as operações de deportação. As consequências econômicas e sociais também foram apontadas, com especialistas alertando para a escassez de mão de obra e os efeitos inflacionários, especialmente no mercado alimentício. As autoridades locais e ativistas continuam a se mobilizar contra a expansão dessas práticas de deportação.