O governo russo anunciou que estudará os detalhes do novo acordo firmado entre a Ucrânia e o Reino Unido, que prevê uma parceria de 100 anos. Espera-se que o tratado fortaleça a cooperação militar em segurança marítima e estabeleça o Reino Unido como parceiro preferencial da Ucrânia em áreas como energia, minerais essenciais e produção de aço verde. O acordo, que será apresentado ao parlamento britânico nas próximas semanas, pode ter implicações significativas no cenário geopolítico, especialmente em relação ao Mar de Azov, considerado pela Rússia um mar interno.
O Kremlin expressou preocupação com a possibilidade de bases militares britânicas na Ucrânia e com a expansão da infraestrutura militar do Reino Unido nas proximidades das fronteiras russas. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que a Rússia analisará cuidadosamente os próximos passos em resposta à intensificação da colaboração entre os dois países, principalmente no contexto da OTAN, à qual o Reino Unido pertence. O governo russo vê com apreensão qualquer aumento de presença militar estrangeira nas regiões próximas a suas fronteiras.
Além de apoiar a Ucrânia com armamentos, o Reino Unido se comprometeu a oferecer garantias de segurança caso um cessar-fogo seja alcançado entre a Ucrânia e a Rússia. A guerra, que começou em 2022, continua a provocar intensos conflitos, com a Rússia realizando ataques usando mísseis hipersônicos e tropas norte-coreanas supostamente envolvidas no conflito. A situação permanece tensa, e analistas alertam para o risco de uma escalada, enquanto as autoridades ucranianas continuam a enfrentar desafios significativos no território invadido.