Uma pesquisa divulgada pela Quaest nesta sexta-feira (17) revelou que 67% dos brasileiros acreditam que o governo federal cobraria uma taxa sobre o PIX, uma informação falsa que gerou grande repercussão nas redes sociais. O estudo mostra que, durante os primeiros dias de 2025, o tema gerou mais de 5 milhões de menções nas plataformas digitais, forçando o governo a revogar uma decisão que visava ampliar a fiscalização das operações com esse meio de pagamento. A medida tinha como objetivo monitorar movimentações financeiras acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas, mas foi interpretada erroneamente como uma tentativa de tributação.
O governo reagiu tardiamente ao mal-entendido gerado pela propagação de fake news, especialmente após um vídeo de grande repercussão, que foi visto por milhões de pessoas. A disseminação de informações incorretas sobre o PIX, associando-o a uma possível taxação, levou a uma onda de desinformação, com 87% dos entrevistados afirmando ter ouvido sobre a cobrança de taxas. Quando o governo finalmente se posicionou, 68% dos brasileiros já estavam cientes de que a alegação era falsa, mas a medida já havia gerado confusão e atritos nas redes sociais.
Diante do impacto das fake news, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a revogação das novas regras, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A revogação foi motivada pela desinformação, e o governo reafirmou que nunca houve a intenção de tributar o PIX. As normas de fiscalização, que já se aplicavam a outras formas de pagamento como cartões de crédito, continuam em vigor, mas sem qualquer mudança relacionada à taxação.