O governo federal publicou uma Medida Provisória (MP) que proíbe a taxação de transações realizadas pelo sistema Pix, após uma crise política desencadeada pela proposta inicial de monitoramento de transações acima de R$ 5 mil. A medida entra em vigor imediatamente, mas ainda precisa ser confirmada pelo Congresso dentro de um prazo de 60 dias, com possibilidade de prorrogação. Além de barrar a cobrança de tributos, a MP equipara o pagamento via Pix ao pagamento em dinheiro e assegura o sigilo bancário, considerando práticas abusivas quaisquer cobranças adicionais.
A decisão de revogar a proposta foi tomada após o governo enfrentar críticas intensas, até mesmo de aliados políticos, e uma crescente insatisfação popular, gerando desgaste na imagem do presidente. O erro na comunicação e na condução do caso foi amplamente reconhecido dentro do Partido dos Trabalhadores, que viu a mudança de postura como uma forma de controlar os danos, embora alguns analistas ainda apontem que isso possa ter criado a impressão de que uma tributação sobre o Pix estava iminente, apesar de nunca ter sido proposta pela equipe econômica.
Para tentar amenizar a crise e melhorar a comunicação digital do governo, o presidente se reuniu com o prefeito de Recife, João Campos, conhecido por sua gestão bem-sucedida nas redes sociais. Além disso, a Secretaria de Comunicação do Governo reformulou sua equipe de mídias digitais, buscando uma nova abordagem para restabelecer a imagem do governo, mesmo diante da derrota política relacionada à taxação do Pix.