Em 2024, o governo federal registrou um déficit primário de R$ 11 bilhões, o que corresponde a 0,09% do PIB, desconsiderando as despesas com a reconstrução do Rio Grande do Sul. Ao incluir esses gastos, o saldo negativo aumentou para R$ 43 bilhões (0,36% do PIB). Quando ajustado pela inflação, o déficit chega a R$ 44 bilhões, representando uma queda real de 81,7% em relação ao déficit de R$ 239,9 bilhões registrado em 2023. O Tesouro Nacional divulgou esses números em 30 de janeiro de 2025, detalhando as contas do governo central.
O resultado primário do governo é calculado pela diferença entre as receitas e despesas, sem considerar os pagamentos de juros da dívida pública. No caso de 2024, o Tesouro Nacional teve superávit de R$ 255,6 bilhões, enquanto a Previdência e o Banco Central apresentaram déficits de R$ 297,4 bilhões e R$ 1,2 bilhão, respectivamente. O governo federal tem uma meta de déficit primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25 pontos percentuais do PIB, o que permite um gasto adicional de até R$ 28,8 bilhões.
Em relação às perspectivas fiscais, o presidente da República, em entrevista, afirmou que não há previsão de novos cortes de gastos, destacando seu compromisso com a responsabilidade fiscal. Ele também mencionou que o Orçamento de 2025 será aprovado com restrições a gastos, mas sem limitar investimentos. O orçamento de 2025 será votado pelo Congresso após o Carnaval, e o governo continua sob pressão para adotar mais medidas de controle fiscal.