O governo federal recuou de uma medida da Receita Federal que ampliava o monitoramento de transações realizadas pelo Pix, após intensas críticas e desinformação nas redes sociais. A medida visava obrigar as instituições financeiras a reportar transações de pessoas físicas acima de R$ 5 mil e de pessoas jurídicas acima de R$ 15 mil, por mês. A norma foi alvo de um forte ataque, com desinformação sendo propagada, especialmente por políticos ligados à oposição, o que levou à revogação da medida.
Em paralelo, o vereador de Belo Horizonte, Pedro Rousseff, publicou um vídeo em que o ex-ministro Paulo Guedes, durante uma reunião em 2019, defendia a criação de um imposto sobre transações digitais. Guedes argumentava que o sistema financeiro estava mudando com o uso crescente de transações digitais e que seria necessário um imposto específico para essas operações, sem vinculação com a extinta CPMF. A declaração gerou novos debates sobre a tributação de serviços digitais e levantou preocupações sobre a viabilidade e o impacto de uma possível taxação neste setor.
A questão da desinformação também se desdobrou em uma proposta legislativa em Belo Horizonte. Rousseff protocolou um projeto de lei municipal visando combater fake news, especialmente no contexto de conteúdos manipulados relacionados à política e à economia. O projeto prevê a implementação de ações educacionais nas escolas para ensinar os alunos a identificar e lidar com notícias falsas, uma medida que ainda será analisada pela Câmara Municipal da cidade.