O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que o governo brasileiro enfrentou sérios problemas de comunicação, o que impactou negativamente a economia. Em uma entrevista exclusiva, Haddad afirmou que essa falha dificultou a abordagem da crise econômica, a pressão por cortes fiscais e a desvalorização do dólar. Ele destacou a necessidade de uma comunicação mais eficaz, defendendo que o governo precisa ser mais coerente e resoluto em suas ações para alcançar os resultados desejados.
No início desta semana, o ministro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o orçamento de 2025, cuja votação está prevista para fevereiro. A reunião, que durou três horas, foi focada em aprimorar a execução fiscal e garantir maior flexibilidade no orçamento do próximo ano. Haddad ressaltou que, após a aprovação do orçamento, o governo terá mais margem de manobra para implementar políticas de forma mais eficiente, algo que não foi possível nos últimos dois anos devido a restrições orçamentárias.
Sobre as perspectivas econômicas, o ministro afirmou que o Brasil terá um déficit primário de 0,1% em 2024 e que o crescimento do PIB deve ser de 3,6%. No entanto, esses números não incluem os custos relacionados aos danos causados pelas tragédias no Rio Grande do Sul. A expectativa é que a situação fiscal do país melhore com as medidas previstas e com a flexibilidade financeira proporcionada pelo novo orçamento.