O governo federal oficializou importantes mudanças na comunicação, com foco na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). A exonerada Brunna Rosa foi substituída por Mariah Queiroz, que assume a Secretaria de Estratégia e Redes, após um período de turbulência relacionado à comunicação digital do governo. A troca reflete a tentativa do governo de responder às críticas sobre sua presença nas redes sociais, especialmente após a repercussão negativa de decisões recentes, como a polêmica ampliação da fiscalização sobre o PIX, que resultou em fake news e desgaste político. A revogação das normas do Fisco, anunciada após grande pressão, marcou o fim da crise.
A crise da comunicação no governo foi exacerbada pela falta de uma estratégia digital mais eficaz, reconhecida até pelo próprio presidente. Em um momento de cobrança da esquerda sobre a visibilidade digital, as falhas do governo na comunicação foram evidentes, especialmente nas redes sociais, onde a oposição e setores da extrema direita se fortaleceram. Sidônio Palmeira, novo ministro da Secom, iniciou um processo de reformulação dentro da pasta, incluindo a troca de membros-chave e o lançamento de campanhas para combater a desinformação. O novo foco inclui fortalecer a imagem do governo e recuperar a confiança da base social que o elegeu.
Apesar das críticas, o governo também avançou com medidas significativas, como a sanção de leis que proíbem o uso de celulares nas escolas e o lançamento de programas voltados para a educação, como o Mais Professores. Essas ações, no entanto, acabaram sendo ofuscadas pela controvérsia gerada pelas mudanças nas regras do PIX. Mesmo com os esforços de comunicação para equilibrar os impactos, o governo precisa agora lidar com as consequências de sua gestão de imagem nas plataformas digitais, buscando restaurar sua narrativa política e superar as críticas que dominaram o debate público.