O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo só deverá registrar superávits primários a partir de 2026, com a expectativa de que as receitas superem as despesas dentro de um cenário fiscal desafiador. Ceron destacou que questões como o crescimento do Fundeb e a Tese do Século impactam as receitas, gerando pressão sobre as contas públicas. Embora o governo não tenha revisado suas projeções devido às mudanças na taxa de juros, a estimativa de estabilização da dívida permanece para 2028. A dívida bruta do governo geral foi registrada em 77,75% do PIB, com expectativa de manutenção nesse patamar.
O governo revisou a meta fiscal para 2025, alterando o superávit primário previsto de 0,5% do PIB para um equilíbrio entre receitas e despesas, com uma margem de tolerância para um pequeno déficit de até 0,25% do PIB. Para 2026, a meta é um superávit de 0,25% do PIB, também com uma margem de tolerância de 0,25%. Em 2024, o governo registrou um déficit primário de R$ 11 bilhões, mas com a exclusão dos gastos com a reconstrução do Rio Grande do Sul, o déficit foi maior, de R$ 43 bilhões.
Em dezembro de 2024, o governo alcançou um superávit primário de R$ 24 bilhões, superando o déficit registrado no mesmo mês de 2023. Esse desempenho foi impulsionado por um superávit no Tesouro Nacional e na Previdência, enquanto o Banco Central registrou um pequeno déficit. A melhoria das contas públicas é vista como um reflexo das políticas fiscais adotadas pelo governo, mas o equilíbrio definitivo ainda depende de desafios fiscais contínuos e ajustes nas projeções econômicas.