Em 2024, o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Piracicaba registrou 77.038 casos de dengue, um aumento alarmante de 1.139% em relação ao ano anterior. Como resposta, o governo de São Paulo anunciou um repasse de R$ 8,7 milhões para intensificar as ações de combate à doença na região. Esse valor faz parte de um novo Centro de Operações Emergenciais (COE), criado para centralizar os esforços de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
Piracicaba, a maior cidade da região, teve um aumento significativo de casos, com 29.441 registros e 16 mortes em 2024, comparado a 2.956 casos e 3 óbitos no ano anterior. Além do aumento nos casos, a cidade enfrenta desafios na inspeção domiciliar, com um índice de pendências chegando a 50%. O estado de São Paulo registrou 31 municípios em estado de emergência, com 29.604 casos de dengue até o final de janeiro de 2025, e o risco de uma epidemia se intensifica.
O Instituto Butantan, responsável pela produção de uma vacina contra a dengue, anunciou que começará a fabricar as primeiras doses do imunizante, que demonstrou uma eficácia de 79,6% nos testes. A vacina oferece proteção contra os quatro tipos da doença por até cinco anos. Além disso, o governo estadual enviará mais de 2 milhões de testes rápidos de dengue aos municípios, com foco em apoiar as equipes de vigilância epidemiológica no combate à doença.