O governo brasileiro está preocupado com o impacto de um possível reajuste nos preços dos combustíveis, uma medida que poderia afetar ainda mais a popularidade do presidente Lula. Na última segunda-feira (27), o presidente se reuniu com ministros e com a presidente da Petrobras para discutir o assunto. Na próxima quarta-feira (29), o conselho de administração da Petrobras se reunirá para decidir se manterá o preço dos combustíveis como está, considerando que a empresa tem autonomia para definir os valores nas refinarias, com base em seu próprio cálculo para equilibrar a rentabilidade e evitar grandes variações no mercado internacional.
Apesar da autonomia da Petrobras, o governo tem buscado alternativas para controlar a inflação, que tem aumentado as preocupações da população, especialmente em relação ao custo de vida. O mercado projeta uma inflação de 5,5% para este ano, um aumento em relação à estimativa anterior de 5,08%. O presidente também pediu que assessores busquem soluções para reduzir o custo do supermercado, embora o governo tenha recursos limitados para controlar os preços de maneira eficaz.
A crescente preocupação com a inflação também tem afetado a aprovação do governo. Pela primeira vez, a taxa de desaprovação ao trabalho de Lula superou a de aprovação, com 49% contra 47%. A queda de popularidade é mais pronunciada no Nordeste e entre eleitores com menor poder aquisitivo, o que pode ter implicações importantes para o governo nas próximas semanas.