O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou as críticas de líderes partidários sobre a gestão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Padilha se mostrou confiante de que as críticas não irão prejudicar a articulação do governo com o Congresso, destacando que nos primeiros dois anos da administração petista, projetos foram aprovados até com votos de oposição. As declarações ocorreram após o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o líder do Republicanos, Marcos Pereira, questionarem a condução do governo, especialmente em relação à atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
As críticas se intensificaram no contexto de uma possível reforma ministerial, prevista para ser anunciada em março. Kassab e Pereira, líderes de partidos importantes na base do governo, se mostraram insatisfeitos com os ministérios sob sua responsabilidade, especialmente pela falta de visibilidade e relevância política de algumas pastas. O PSD, que chefia três ministérios, busca maior protagonismo, enquanto o Republicanos, com apenas um ministério, almeja mais espaço e influência dentro do governo. As tensões internas surgem em um momento estratégico, com a especulação sobre a candidatura de alguns desses líderes nas eleições de 2026.
A reforma ministerial em discussão visa reorganizar a estrutura do governo e pode afetar as posições atuais de importantes figuras partidárias. A insatisfação com a distribuição de ministérios também reflete a busca por mais visibilidade e influência para os partidos que se destacaram nas eleições municipais de 2024. Embora haja divergências, o governo aposta na continuidade da colaboração com esses grupos, que desempenham papel fundamental na aprovação de suas propostas no Congresso.