O governo de Javier Milei iniciou a primeira privatização de seu mandato ao transferir o controle majoritário da metalúrgica Impsa para a empresa ARC Energy, dos Estados Unidos. A operação foi anunciada pelo ministro da Economia, Luis Caputo, e visa alinhar-se à meta de déficit fiscal zero, sem a alocação de recursos federais para empresas privadas. A Impsa, fundada em 1907, é uma das mais tradicionais indústrias argentinas e está envolvida em projetos de grande porte nos setores de energia hidrelétrica, eólica, nuclear e petróleo e gás.
A ARC Energy, única empresa a se candidatar na licitação para adquirir a Impsa, assumirá a maior parte das ações da metalúrgica, que até então era controlada pelo Estado argentino (63,7%), a Província de Mendoza (21,2%) e outros acionistas. A empresa americana pagará um valor inicial de US$ 7 milhões, que representa 25% do total da proposta de capitalização de US$ 27 milhões, com o objetivo de reestruturar a companhia, que enfrenta um passivo de cerca de US$ 570 milhões.
A privatização foi apoiada pela Província de Mendoza, que detinha participação acionária na empresa, e visa garantir a continuidade das operações da Impsa em um modelo de mercado. Apesar de sua longa história e relevância econômica, a empresa vinha enfrentando dificuldades financeiras, o que levou à sua venda em um processo de reestruturação e capitalização no mercado internacional.