O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo federal pode implementar novos ajustes, se necessário, para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal, destacando que a responsabilidade pela gestão fiscal não recai sobre ministros individuais, mas sobre o presidente e a administração como um todo. Em declarações dadas após reunião ministerial no Palácio da Granja do Torto, ele enfatizou que o governo não possui estudos em andamento sobre possíveis medidas, mas reiterou que, caso seja necessário, ações serão tomadas para manter o equilíbrio fiscal.
Costa também abordou a recente valorização do dólar, afirmando que o atual patamar da moeda americana não reflete a realidade econômica brasileira. Ele acredita que a tendência é de queda do dólar, embora reconheça que essa redução não ocorrerá de forma tão rápida quanto a sua alta. O ministro vinculou a expectativa de diminuição da moeda à posse do novo presidente dos Estados Unidos e à robustez da economia brasileira, apontando que esses fatores ajudarão a alinhar o valor do dólar aos fundamentos econômicos do país.
Em relação à gestão fiscal do ano anterior, o ministro relembrou que o governo bloqueou R$ 20 bilhões em investimentos para garantir o equilíbrio das contas públicas, contrariando as especulações de que o governo não seria firme nas suas ações de contenção de gastos. A declaração reforça o compromisso do governo em manter sua agenda fiscal, mesmo sem a previsão de novos anúncios ou estudos a respeito de ajustes financeiros futuros.