O governo brasileiro convocou uma reunião de emergência após o bloqueio de verbas por parte dos Estados Unidos à Organização Internacional para as Migrações (OIM), um organismo da ONU que auxiliava imigrantes na fronteira com a Venezuela. A medida, anunciada pelo governo dos EUA, inviabilizou a continuidade dos serviços prestados pela OIM, afetando diretamente a Operação Acolhida, que atende refugiados e migrantes na região Norte do Brasil.
Diante da situação, o governo Lula decidiu garantir a continuidade das ações emergenciais da Operação Acolhida pelos próximos 15 dias, enquanto busca alternativas para financiar o projeto. A decisão incluiu um aumento de contingente de profissionais de saúde e assistência social, com o possível envolvimento da Força Nacional do SUS para atender à demanda na região. As autoridades também planejam reforçar a presença da Polícia Federal e do Ministério da Defesa.
A OIM, que recebia a maior parte de seu financiamento dos Estados Unidos, teve sua verba bloqueada por um período inicial de 90 dias, com impacto estimado de US$ 5 milhões. O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, busca agora novos parceiros para financiar as ações essenciais de apoio a migrantes e refugiados.