O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo Lula 3 não adotará medidas heterodoxas para combater a alta nos preços dos alimentos, descartando a criação de uma rede popular de alimentos ou a adoção de congelamento de preços e subsídios. A afirmação foi feita após declarações do ministro sobre a análise de possíveis intervenções no setor, que foram posteriormente retificadas por sua equipe. A alta nos preços dos alimentos, como o café, que subiu cerca de 40% em 2024, tem sido um dos principais fatores por trás do estouro da meta de inflação, que terminou o ano em 4,83%, superando o limite de 4,5%.
Em reunião com outros ministros, Rui Costa discutiu propostas para aumentar a produtividade dos alimentos da cesta básica e diminuir a concentração no sistema de abates, além de reduzir os custos de intermediação financeira nos supermercados, especialmente para consumidores que utilizam cartões alimentação. Essas ações serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma reunião prevista para o dia 24 de janeiro de 2025.
Apesar da pressão para tomar ações imediatas diante da inflação elevada, o governo opta por medidas que busquem soluções mais estruturais e menos interventivas. O ministro também desconsiderou uma proposta de supermercados para alterar a validade de produtos como forma de contornar a alta de preços, enfatizando que esse ponto não foi levado em consideração nas discussões sobre as ações a serem adotadas.