O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não adotará medidas heterodoxas para combater a inflação dos alimentos. Em declarações recentes, Costa descartou a criação de uma rede popular de alimentos, o congelamento de preços ou a adoção de subsídios. A alta nos preços, especialmente do café, que subiu cerca de 40% em 2024, foi um dos fatores que contribuiu para o estouro da meta de inflação do ano passado, que fechou em 4,83%.
Na última quarta-feira, Costa havia falado sobre a possibilidade de intervenções no setor alimentício, mas o Ministério da Casa Civil rapidamente esclareceu que o termo utilizado estava incorreto e que o governo estava, na verdade, considerando “medidas” e não intervenções. A alta dos preços tem gerado preocupações, principalmente entre os consumidores mais vulneráveis, que enfrentam dificuldades devido ao aumento do custo da cesta básica.
Em uma reunião com outros ministros, Costa propôs ao presidente Lula uma série de ações para aumentar a produtividade dos alimentos, reduzir a concentração no sistema de abate de carnes e diminuir os custos de intermediação financeira pagos pelos supermercados. O governo deve apresentar essas propostas nas próximas semanas, com a intenção de mitigar os impactos da inflação no mercado de alimentos e no bolso dos consumidores.