O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, se posicionou contra a vitória de Nicolás Maduro nas eleições venezuelanas, destacando a falta de transparência no processo eleitoral. O vice-presidente Geraldo Alckmin considerou lamentável a posse de Maduro para seu terceiro mandato, ressaltando que o Brasil não reconhece o resultado das eleições. Embora tenha expressado críticas, o Brasil enviou sua embaixadora em Caracas à cerimônia, o que gerou divisões no discurso oficial.
A posse de Maduro, realizada na Assembleia Nacional da Venezuela, ocorreu em um contexto de contestação interna e internacional sobre a legitimidade das eleições. Maduro, em seu discurso, afirmou que ninguém poderia impor um presidente à Venezuela, sem fornecer provas substanciais sobre sua vitória. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também se manifestou criticando o processo eleitoral, sugerindo sanções contra o país vizinho. Ele e outros líderes políticos defendem que a posse do presidente venezuelano afronta a vontade do povo.
Em paralelo, autoridades brasileiras, como o ministro Gilmar Mendes do STF, destacaram a natureza autoritária do governo de Maduro, que utiliza a força militar para reprimir opositores. Além disso, a fronteira entre Brasil e Venezuela foi temporariamente fechada, com a Polícia Militar de Roraima informando que o fluxo migratório foi reduzido, embora sem alterações significativas. O ministro da Infraestrutura, Renan Filho, também condenou a continuidade do regime de Maduro, associando-o à falta de legitimidade e ao desrespeito à democracia.