O governo de Luiz Inácio Lula da Silva iniciou discussões sobre uma mudança na política da Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, que, ao extinguir o sistema de checagem de fatos, passou a permitir a propagação de discursos prejudiciais e preconceituosos, como ataques a pessoas LGBTQIA+, mulheres e imigrantes. Esse movimento levou o governo brasileiro a considerar uma frente internacional para combater a desinformação, com foco inicial na União Europeia, que também está em processo de regulamentação das grandes plataformas de redes sociais. A Meta, ao alinhar-se com tendências de direita, vem ganhando apoio entre figuras públicas que têm sido criticadas por suas posturas extremistas.
Com a alteração das diretrizes, a Meta sinaliza uma aceitação maior de discursos de ódio, colocando em risco o combate à disseminação de fake news e o respeito a grupos historicamente marginalizados. No cenário internacional, o impacto dessas mudanças também é notado, com um aumento no apoio a narrativas políticas polarizadas, como as defendidas por líderes da extrema direita. A situação gerou um impulso para ações jurídicas que buscam mitigar a proliferação de conteúdo nocivo no Brasil, com a perspectiva de que a Meta expanda suas alterações para a América Latina.
O governo brasileiro também considera alternativas legais, incluindo uma possível discussão no Congresso, embora a falta de apoio de parlamentares alinhados a movimentos conservadores dificulte o avanço de regulamentações. Além disso, o Supremo Tribunal Federal está julgando questões sobre a responsabilidade das redes sociais por conteúdos prejudiciais, o que pode definir novas regras para a atuação dessas plataformas no Brasil. O marco regulatório das redes sociais no país continua sendo um ponto central de debate, com implicações significativas para o futuro do uso da internet no Brasil.