O governo federal anunciou nesta terça-feira (14) um pacote de ações com o objetivo de melhorar a educação básica, incluindo o lançamento do programa Mais Professores. A iniciativa tem duas vertentes principais: uma voltada para universitários de baixa renda que optam por cursos de licenciatura e outra destinada a professores que aceitem lecionar em áreas com escassez de educadores. Estudantes de graduação receberão uma bolsa de R$ 1.050 mensais durante o curso, com uma parte depositada como poupança, acessível após a formação, caso o profissional ingresse no ensino público. Além disso, professores já atuantes que se deslocarem para regiões de maior necessidade receberão um adicional de R$ 2,1 mil mensais por dois anos, além de uma pós-graduação para qualificação.
O programa tem como objetivo atrair mais pessoas para a profissão docente, especialmente para as áreas que enfrentam maiores dificuldades de contratação, como as periferias urbanas e o interior do país. Durante a cerimônia de lançamento, o presidente destacou as condições desafiadoras enfrentadas por professores, especialmente em contextos de violência e precariedade. O Ministério da Educação anunciou que, inicialmente, serão disponibilizadas 12 mil vagas para o Pé-de-meia Licenciaturas, com as inscrições começando na sexta-feira (17) via Sisu, Prouni e Fies.
Além disso, o governo sancionou uma lei que limita o uso de celulares nas escolas públicas e privadas para preservar o foco na educação e proteger os alunos do impacto das tecnologias. O programa Pé-de-meia também foi ampliado para o Ensino Médio, com incentivos financeiros para estudantes de baixa renda, visando combater a evasão escolar e promover a permanência dos alunos na educação básica, com pagamentos anuais vinculados à matrícula, ao bom desempenho e à realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).