O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou, nesta sexta-feira (24), uma cartilha sobre os riscos do nitazeno, uma substância química que, apesar de ter sido descoberta na década de 1950, ganhou notoriedade recentemente devido ao seu aumento no uso de opioides pós-pandemia. Embora tenha sido originalmente desenvolvido como medicamento, o nitazeno nunca foi utilizado em larga escala para tratamentos humanos, o que gera incertezas sobre seus efeitos em grandes quantidades.
Pesquisas indicam que o nitazeno pode ser até 20 vezes mais potente que o fentanil, uma droga já conhecida por sua força extrema. Estudos também apontam que o nitazeno interage com múltiplos receptores no cérebro e sistema nervoso, o que pode provocar efeitos terapêuticos, como o alívio da dor, mas também pode causar euforia, dependência e outros problemas relacionados ao abuso de substâncias. Sua inclusão em drogas sintéticas, como as chamadas “drogas K”, pode aumentar ainda mais o risco para os usuários.
Embora o grau de dependência do nitazeno ainda seja um campo de estudo, especialistas alertam para os perigos dessa substância, especialmente quando utilizada de maneira não controlada. O Departamento de Narcóticos do estado de São Paulo sugeriu que o nitazeno pode já estar presente em substâncias manipuladas em outros países, aumentando sua circulação e os riscos associados. O governo brasileiro segue monitorando a situação e alertando sobre os perigos dessa droga.