O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, aprovou o cessar-fogo com o Hamas após mais de seis horas de discussões intensas, com uma votação de 16 votos a 8. Embora a votação estivesse inicialmente marcada para a quinta-feira (16/1), ela foi adiada devido a disputas internas, incluindo oposição de partidos da extrema direita e negociações com o Hamas. O governo israelense anunciou que os primeiros reféns devem ser libertados no sábado (18/1), e o acordo de cessar-fogo poderá entrar em vigor no domingo (19/1), conforme estipulado pelos mediadores.
O acordo segue uma estrutura de três fases acordada entre os Estados Unidos e a ONU. A primeira fase prevê a liberação gradual de 33 reféns israelenses em troca de centenas de prisioneiros palestinos, incluindo alguns com sentenças perpétuas. Durante essa fase de 42 dias, Israel se retiraria das áreas populosas de Gaza e os palestinos teriam permissão para retornar às suas casas no norte da faixa. Além disso, a ajuda humanitária para Gaza seria intensificada, com a entrada de cerca de 600 caminhões de assistência diariamente.
A segunda fase do acordo permanece em negociação e não garante um cessar-fogo permanente, deixando em aberto a possibilidade de uma retomada das hostilidades após o término da primeira fase. O governo israelense ainda não confirmou o estado de saúde dos reféns, mas acredita-se que a maioria esteja viva. Uma lista parcial dos prisioneiros palestinos que serão libertados foi divulgada, incluindo figuras políticas e pessoas envolvidas em incidentes de segurança na região. No entanto, a situação permanece tensa, com os detalhes da segunda fase ainda a ser definidos.