O assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Tremembé, São Paulo, será incluído no programa de proteção do Ministério dos Direitos Humanos, após um ataque ocorrido no local, no qual duas pessoas perderam a vida e outras seis ficaram feridas. A ministra da pasta, Macaé Evaristo, visitou o local e anunciou a implementação de ações de escuta psicológica para as famílias afetadas, além de medidas de segurança, como a instalação de câmeras de monitoramento e a capacitação das comunidades locais.
O governo federal, em conjunto com a coordenação do assentamento, irá trabalhar em políticas de proteção coletiva, visando à segurança da comunidade e a continuidade do trabalho na agricultura familiar. A ministra destacou que não havia registros prévios de denúncias sobre ameaças no assentamento, e informou que, a partir deste episódio, o local passará a fazer parte do programa de proteção a movimentos sociais. A Polícia Federal também foi acionada para investigar o caso e instaurar um inquérito.
O ataque foi realizado por atiradores que chegaram ao assentamento em veículos e motos, e um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. O MST relatou que o local enfrenta disputas relacionadas à especulação imobiliária na região e que, apesar das denúncias feitas anteriormente, as famílias assentadas continuam sendo alvo de ameaças. O governo está trabalhando em ações integradas para garantir a segurança das pessoas envolvidas e apoiar o desenvolvimento contínuo da agricultura familiar no assentamento.