O governo federal está avaliando a possibilidade de reduzir o imposto de importação de alimentos que sejam mais baratos no exterior do que no Brasil, como medida para combater o aumento dos preços no mercado interno. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a ideia é facilitar a entrada desses produtos no país para aumentar a oferta e, consequentemente, diminuir os preços. No entanto, o ministro reafirmou que não serão adotadas medidas heterodoxas, como congelamento de preços ou fiscalização mais rigorosa em supermercados.
A alta nos preços dos alimentos tem sido um desafio para o governo desde o ano passado, com pesquisas apontando que o custo de vida está impactando negativamente na avaliação do presidente. Durante uma reunião com ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu ações para tentar conter essa inflação, que é influenciada por fatores internacionais, como o aumento do dólar e a busca por commodities. A alta no preço de itens como café, soja e milho, produtos que têm preços determinados no mercado global, tem sido um dos principais responsáveis pela elevação dos custos internos.
Apesar das preocupações, o governo acredita que os preços devem ser formados pelo mercado e que a intervenção direta não é o caminho. A perspectiva para 2025 é de uma recuperação na produção agrícola brasileira, com um crescimento esperado de 8% na safra, o que pode ajudar a mitigar os efeitos da inflação alimentícia no país.