O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro está monitorando a queda do dólar e uma safra recorde, com a expectativa de que esses fatores contribuam para a redução dos preços dos alimentos nos próximos meses. Além disso, o governo está analisando a possibilidade de modificar as regras do vale-alimentação e vale-refeição com o intuito de aumentar a concorrência no setor, o que pode impactar positivamente os preços dos produtos consumidos pelos trabalhadores. A intenção é melhorar a regulamentação desses programas, especialmente em relação à portabilidade e às taxas cobradas pelas empresas intermediárias.
A inflação dos alimentos tem sido uma preocupação crescente no governo, que identificou um aumento significativo no preço de itens básicos como café, leite, carne e frutas, especialmente devido à alta do dólar, que afeta as commodities brasileiras. Durante uma reunião recente, o presidente Lula cobrou ações dos ministros para controlar a inflação e reduzir os preços no supermercado. Haddad destacou que a regulamentação mais eficaz do programa de alimentação pode representar uma redução de até 3% nos custos dos produtos, sem a necessidade de medidas tributárias.
O Congresso já havia aprovado em 2022 uma lei que permite a portabilidade do auxílio-alimentação, permitindo que os trabalhadores escolham o fornecedor do benefício sem custos adicionais. Contudo, a implementação dessa lei ainda enfrenta dificuldades devido à falta de regulamentação por parte do Banco Central, o que impede que as mudanças tenham o efeito esperado. A proposta do governo é solucionar esse impasse e melhorar a eficiência do sistema de benefícios para os trabalhadores, buscando maior transparência e redução de custos.