O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo espera uma queda nos preços dos alimentos nos próximos meses, devido à previsão de uma safra recorde e à desvalorização do dólar. O ministro também confirmou que o governo está avaliando mudanças nas regras do vale-alimentação e vale-refeição, com o intuito de aumentar a concorrência no setor e, consequentemente, reduzir os preços dos alimentos. O objetivo é enfrentar os altos custos que os trabalhadores enfrentam devido às taxas elevadas e melhorar a portabilidade dos benefícios, que ainda não funciona adequadamente por falta de regulamentação do Banco Central.
A preocupação com a inflação dos alimentos tem sido um dos principais desafios para o governo, especialmente após o índice de inflação ultrapassar a meta em 2024. O preço de alimentos, como o café, subiu significativamente, o que gerou um alerta nas autoridades. Em resposta, uma reunião ministerial foi realizada para discutir estratégias que possam ajudar a reduzir os preços nos supermercados. No entanto, Haddad descartou medidas tributárias para resolver o problema, enfatizando que a solução está em aprimorar a regulamentação do programa de alimentação do trabalhador.
Além disso, Haddad destacou que os preços dos alimentos devem melhorar com a combinação de uma grande safra e a queda do valor do dólar. Como muitas commodities alimentícias são exportáveis, a valorização da moeda americana impacta diretamente os preços internos. Com a estabilização do dólar, o governo acredita que os preços de itens como leite, carne, frutas e café possam se ajustar de maneira mais favorável para o mercado interno.