O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo federal está avaliando a possibilidade de reduzir o imposto de importação de alimentos, especialmente quando esses produtos são mais baratos no mercado internacional do que no mercado interno. Contudo, ele destacou que não serão adotadas medidas heterodoxas, como congelamento de preços ou fiscalização direta nos supermercados, para controlar os custos. Costa reiterou que o governo não pretende intervir diretamente nos preços, pois acredita que o valor dos alimentos é determinado pelo mercado, influenciado principalmente por fatores internacionais.
Em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Costa explicou que o aumento nos preços dos alimentos se deve, em grande parte, ao cenário global, com a alta de commodities e a variação cambial, especialmente o dólar. O governo, segundo o ministro, não considera que a inflação seja fruto de problemas internos da economia brasileira, mas sim do impacto de preços internacionais, como os do café, soja e milho, que têm sido influenciados pela oferta e demanda globais.
Com relação às perspectivas para 2025, o ministro mencionou que, apesar de um 2024 severo do ponto de vista climático, a safra brasileira deverá crescer 8% no ano seguinte, o que inclui aumento na produção de itens essenciais como arroz e feijão. Isso poderia ajudar a reduzir os custos internos, sem a necessidade de intervenção direta no mercado. O governo acredita que, com a recuperação da produção e o mercado funcionando de maneira eficiente, os preços podem se ajustar naturalmente.