O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está avaliando um conjunto de medidas para enfrentar o aumento nos preços dos alimentos, propostas pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Entre as sugestões estão a redução dos custos das transações eletrônicas, a antecipação da nova cesta básica, a venda de medicamentos em supermercados e estratégias para reduzir desperdícios. Essas ideias estão sendo discutidas com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e têm gerado debates sobre sua viabilidade e impacto no mercado.
Uma das propostas mais controversas envolve transformar a Caixa Econômica Federal em operadora dos programas de vale-refeição e vale-alimentação, com o intuito de eliminar a participação de instituições financeiras que lucram com essas transações. A Abras alega que as margens de lucro dessas operadoras impactam diretamente os preços dos alimentos, repassando custos adicionais aos consumidores. Outra sugestão que gera resistência é a adoção do sistema Best Before, que permitiria a venda de alimentos após a data de validade, desde que não representem risco à saúde.
O governo também está considerando medidas fiscais, como a desoneração de produtos da nova cesta básica e isenções de impostos para doações de alimentos. Além disso, a flexibilização de contratos de trabalho para estimular a contratação de jovens e pessoas com mais de 60 anos está sendo discutida. Contudo, algumas dessas ações podem envolver renúncias fiscais, o que gera preocupações em um cenário de busca por corte de despesas.