O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que o governo federal está estudando a possibilidade de reduzir o imposto de importação de alimentos e bebidas, caso esses produtos sejam mais baratos no mercado internacional do que no mercado interno. No entanto, ele deixou claro que não serão adotadas medidas heterodoxas, como congelamento de preços ou fiscalização estatal, para controlar a inflação dos alimentos. Segundo o ministro, o aumento nos preços se deve a fatores internacionais, como a alta do dólar e a demanda por commodities, e não à economia brasileira em si.
O ministro afirmou que o governo prefere atuar no mercado para tornar as importações mais baratas e, assim, reduzir os preços internos. Ele destacou que o cenário global tem influência direta sobre os preços de produtos como café, soja, milho e laranja, e que a inflação dos alimentos no Brasil reflete essas variações externas. Além disso, Rui Costa reforçou que o governo federal não fará intervenções artificiais nos preços, mantendo a convicção de que o mercado é o principal responsável pela formação de preços.
Durante uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros discutiram o impacto dos preços elevados dos alimentos na avaliação do governo. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, comentou que o foco está em apoiar os produtores com crédito acessível, além de concentrar esforços na produção de alimentos essenciais para a cesta básica. A expectativa é que, com a previsão de crescimento da safra em 2025, especialmente de arroz e feijão, o governo consiga facilitar o comércio e reduzir o custo desses itens para os consumidores.