O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou seus ministros para uma reunião nesta sexta-feira, 10, para discutir a decisão da Meta de encerrar o programa de checagem de fatos em suas plataformas, como Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads. Lula considera a mudança uma ameaça à responsabilidade das plataformas digitais e à soberania dos países. O governo brasileiro defende a necessidade de regulamentação para evitar a disseminação de desinformação e discursos de ódio. A medida da Meta também gerou críticas de membros do Supremo Tribunal Federal (STF), que destacaram os riscos à integridade das instituições democráticas.
A Meta anunciou que a partir de agora contará com os próprios usuários para identificar e corrigir informações falsas, abandonando a parceria com organizações independentes de verificação. A decisão reflete um movimento de flexibilização das regras de moderação, permitindo maior liberdade de expressão, mas gerando preocupações sobre o impacto da desinformação e dos ataques a grupos vulneráveis. A medida, que visa reduzir restrições em temas políticos e sociais, tem gerado ampla controvérsia, especialmente no Brasil, onde o governo e entidades judiciais manifestaram preocupação.
Além da reação do governo, o Ministério Público Federal (MPF) e a Advocacia-Geral da União (AGU) já se posicionaram contra a decisão, afirmando que o Brasil possui mecanismos legais para enfrentar a desinformação. A Meta também revisou suas normas, o que inclui permitir ataques a minorias, como o uso de termos pejorativos sobre questões de gênero e religião. A situação ocorre no contexto de uma crescente pressão política nos Estados Unidos e o fortalecimento da relação da empresa com figuras do cenário político internacional.