O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o e-Social será utilizado para a concessão de empréstimos consignados aos trabalhadores com carteira assinada. A proposta surgiu após uma reunião com representantes do setor bancário, que discutiram a criação de uma nova carteira de crédito que poderia alcançar até R$ 120 bilhões. No entanto, antes de levar a proposta ao Congresso Nacional, tanto o governo quanto os bancos ainda precisam definir detalhes essenciais. A medida poderá ser apresentada por meio de uma medida provisória ou um projeto de lei.
Durante as discussões, os representantes do setor bancário destacaram que a implementação de um novo modelo de consignado privado poderia expandir a carteira de crédito garantida pelos salários, com estimativas variando entre R$ 40 bilhões e R$ 150 bilhões. Além disso, foi mencionado que os bancos defendem a continuidade do saque-aniversário do FGTS e se opõem à implementação de um teto para os juros dos empréstimos consignados.
Atualmente, o mercado de crédito consignado no Brasil soma R$ 675 bilhões, com o segmento de consignado privado representando apenas R$ 40 bilhões desse total. O governo e os bancos ainda precisam alinhar os termos da proposta, que visa beneficiar trabalhadores regidos pela CLT e criar novas opções de crédito, especialmente para aqueles com vínculos formais de emprego. A expectativa é que, em breve, o governo apresente a proposta de forma oficial.