O Ministério das Relações Exteriores da China se manifestou nesta segunda-feira (20), destacando que as empresas devem tomar decisões independentes sobre suas operações e negócios. O posicionamento foi uma resposta à proposta do presidente reeleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu a criação de uma joint-venture entre os atuais proprietários do TikTok, a empresa chinesa ByteDance, e/ou novos investidores. Trump sugeriu que, por meio dessa parceria, os Estados Unidos ficariam com 50% da propriedade do aplicativo, uma medida que visava contornar o risco de banimento da rede social.
O TikTok, que havia sido temporariamente suspenso nos EUA no domingo (19) devido à pressão de uma lei federal, também agradeceu a Trump pelo adiamento da aplicação dessa legislação. A lei, sancionada em 2024, obrigava o aplicativo a vender sua operação nos Estados Unidos até a data estipulada, sob pena de banimento no país, incluindo a remoção do app das lojas e o bloqueio de atualizações. Com a intervenção de Trump, a medida foi adiada, e a rede social garantiu que seus provedores de serviço não seriam penalizados, beneficiando milhões de usuários e pequenas empresas norte-americanas.
A questão central por trás do impasse envolve preocupações de segurança nacional dos EUA, que acusam o TikTok de coletar dados sensíveis de seus cidadãos, potencialmente usados pela China para atividades de espionagem. Embora a ByteDance tenha negado essas alegações, o Congresso norte-americano aprovou a legislação que impõe a venda do app, respaldada por uma decisão unânime da Suprema Corte que validou a lei, argumentando que não fere a Primeira Emenda. A Casa Branca, por sua vez, indicou que caberá a Trump decidir sobre a implementação final das medidas.