O governo dos Estados Unidos suspendeu na sexta-feira (24) os serviços de apoio a refugiados no país, afetando diretamente aqueles que haviam acabado de chegar. O memorando, obtido por veículos de imprensa, revela que essa decisão pode prejudicar dezenas de milhares de refugiados, incluindo afegãos que colaboraram com os EUA durante a guerra. A medida impede que os recém-chegados recebam assistência crucial nos primeiros três meses, como apoio de assistentes sociais e moradia, gerando preocupações sobre o aumento de casos de refugiados sem teto.
A suspensão ocorre em meio a um esforço mais amplo do governo para restringir a admissão de refugiados no país, após a assinatura de uma ordem executiva por parte do presidente. Essa ordem resultou no cancelamento de voos para cerca de 10 mil refugiados que tinham viagens programadas. Contudo, o memorando de sexta-feira vai além, afetando diretamente as agências de reassentamento, que dependem de financiamento federal para operar. O Departamento de Estado notificou essas agências sobre o fim dos trabalhos que estavam sendo financiados com esses recursos.
As consequências dessa medida são significativas, pois as agências de reassentamento têm um papel fundamental no processo de integração dos refugiados, oferecendo apoio logístico e recursos básicos. Essa interrupção de serviços coloca os refugiados em uma situação vulnerável, com muitos agora sem acesso a uma rede de suporte essencial. O Departamento de Estado ainda não se manifestou oficialmente sobre as implicações dessa decisão, mas a comunidade de defesa dos direitos dos refugiados já expressa preocupação com o impacto humanitário imediato.