O governo Biden anunciou novas restrições à exportação de chips de computador avançados, utilizados em sistemas de inteligência artificial (IA), com o objetivo de limitar o acesso de países como China e Rússia a essa tecnologia estratégica. Essas restrições, que marcam uma intensificação das políticas de controle sobre as exportações de tecnologia, entram em vigor em um momento de crescentes tensões globais, especialmente com a China. A medida visa impedir que essas nações acessem os chips mais poderosos, particularmente modelos de IA de alto desempenho, em um esforço para manter a liderança dos EUA em áreas chave como segurança e inovação tecnológica.
A nova estrutura global de exportação classifica os países em três níveis, dependendo do grau de restrição imposto à venda de chips de IA. Aliados próximos como Japão, Coreia do Sul e Taiwan não sofrerão novas limitações, enquanto países como China e Rússia enfrentam restrições adicionais, especialmente no que diz respeito a chips para modelos de IA fechados e poderosos. O governo dos EUA também busca evitar que essas tecnologias avancem por meio de terceiros, como países no Oriente Médio, que poderiam servir como intermediários para a China.
Entretanto, a medida gerou críticas significativas de gigantes da tecnologia americana, como Nvidia e Oracle, que argumentam que as novas regras prejudicam a competitividade dos EUA e podem afetar negativamente a inovação global. Essas empresas alertam que as restrições não trariam benefícios claros para a segurança nacional, mas poderiam comprometer a liderança tecnológica americana e afetar o crescimento de setores globais que dependem de IA. Apesar dessas críticas, as novas regulamentações foram implementadas de forma apressada, com a expectativa de que o novo governo de Donald Trump possa revisar as políticas antes de sua efetivação final.