O Governo dos Estados Unidos demitiu, nesta segunda-feira (27), mais de 10 promotores do Departamento de Justiça que estavam envolvidos em investigações e processos criminais contra um ex-presidente. As demissões ocorreram após a conclusão do procurador-geral interino de que os funcionários não seriam confiáveis para implementar a agenda do presidente, devido ao papel desempenhado nos casos anteriores. Esses promotores estavam trabalhando com o promotor especial que liderou duas acusações federais, que acabaram sendo abandonadas após a vitória eleitoral do ex-presidente.
Além das demissões, houve uma movimentação significativa dentro do Departamento de Justiça, com a revisão interna de casos relacionados ao ataque ao Capitólio dos EUA em janeiro de 2021. A Suprema Corte dos EUA recentemente elevou os padrões legais sobre o delito de obstrução de justiça, o que resultou na retirada de acusações em vários casos, incluindo contra pessoas envolvidas no ataque. Esses eventos ocorrem em um contexto de crescente desconfiança entre o ex-presidente e o Departamento de Justiça, especialmente após as acusações de crimes relacionados à segurança nacional e às eleições de 2020.
Essas ações também refletem uma tentativa do ex-presidente de retaliar as autoridades envolvidas em investigações que o afetaram durante seus anos fora do cargo. A administração anterior já havia promovido transferências dentro do Departamento de Justiça, incluindo a movimentação de funcionários chave. A decisão das demissões vem acompanhada de uma renúncia de um dos promotores que atuou no caso, ampliando o contexto das disputas internas na gestão do sistema de justiça federal.