O governo dos Estados Unidos está finalizando novas regras que restringem a entrada de veículos chineses no país, como parte de um esforço mais amplo contra o uso de tecnologias e componentes da China em produtos vendidos nos EUA. A medida visa aumentar a segurança nacional, respondendo a preocupações sobre a dependência de software e hardware chineses em veículos comerciais e autônomos. A Secretaria de Comércio dos EUA, que tem liderado o processo, destacou a importância de evitar que um grande número de veículos fabricados na China circule nas ruas americanas, considerando potenciais riscos de segurança.
Além das restrições impostas aos veículos, o Departamento de Comércio dos EUA também planeja proibir o uso de software e hardware chineses em veículos comerciais maiores, como caminhões e ônibus. Embora a proposta inicial abrangesse todos os carros e caminhões, algumas modificações foram feitas nas regras finais, como a isenção de veículos com peso superior a 10.000 libras, permitindo que empresas como a BYD sigam produzindo ônibus elétricos na Califórnia. O governo também ajustou a aplicação das proibições, permitindo a importação de alguns modelos fabricados na China, desde que o software utilizado não esteja sob controle de empresas chinesas.
Essas medidas fazem parte de um esforço contínuo para reduzir a influência da China nas indústrias tecnológicas dos Estados Unidos, com foco em segurança nacional. Embora o governo de Donald Trump, que assumirá o cargo em breve, tenha expressado interesse em expandir essas restrições, ele também demonstrou abertura para montadoras chinesas que fabricam seus veículos nos EUA. As regras estão programadas para entrar em vigor gradualmente, com proibições de software previstas para 2027 e de hardware até 2029.