O governo de Joe Biden adiou até junho a execução de uma ordem que bloqueia a aquisição da US Steel pela Nippon Steel, no valor de US$ 14,9 bilhões. O adiamento visa dar tempo para que os tribunais analisem uma contestação legal movida pelas empresas contra a decisão do presidente, que impôs a suspensão por motivos de segurança nacional. A medida também permite uma nova revisão do Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), órgão responsável pela avaliação de aquisições estrangeiras de empresas americanas.
A aquisição havia gerado controvérsia política, com o governo de Biden e também o de Donald Trump, seu antecessor, se opondo ao negócio devido à sua implicação na indústria siderúrgica americana e ao possível impacto nas relações trabalhistas. Apesar da oposição, as empresas envolvidas expressaram confiança na conclusão da transação, que consideram benéfica para o setor e seus stakeholders. A data de 18 de junho de 2025 marca o fim do contrato atual de aquisição entre as duas companhias.
O processo de revisão do CFIUS foi dificultado pela falta de consenso dentro do painel, o que levou à decisão final do presidente Biden. A oposição japonesa à decisão também foi expressa por autoridades do país, que ressaltaram a importância da aliança entre Japão e EUA. No contexto geopolítico, o Japão é o maior investidor nos Estados Unidos, o que torna a resolução do impasse uma questão sensível.