Em outubro do ano passado, o Governo do Paraná encaminhou um documento à Presidência da República, alertando sobre os riscos de uma tragédia envolvendo indígenas na região oeste do estado. O governador destacou a necessidade urgente de uma resolução pacífica que garanta o bem-estar de todos os envolvidos, ressaltando que a responsabilidade pela mediação não cabe exclusivamente ao estado, mas à União e ao Poder Judiciário. A situação é causada por disputas territoriais envolvendo povos indígenas, o que torna a questão complexa e requer uma abordagem integrada entre as esferas federais e judiciais.
O relatório também menciona que, desde o início dos conflitos, a Polícia Militar do Paraná tem intensificado o policiamento na região, onde há protestos constantes e episódios de violência, incluindo ataques a membros da Força Nacional e o roubo de equipamentos. A situação gerou grande preocupação em várias organizações da sociedade civil, que têm se manifestado sobre os riscos de escalada do conflito. A resposta do governo federal foi a ampliação do efetivo da Força Nacional na área, com o envio de mais agentes para reforçar a segurança e o patrulhamento.
Desde janeiro do ano anterior, a Força Nacional já estava presente no oeste paranaense, com o objetivo de proteger as comunidades indígenas, especialmente na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, onde recentemente ocorreram ataques violentos contra os indígenas Avá-Guarani. O aumento do efetivo da Força Nacional em 50% visa garantir maior segurança para as populações locais, após episódios de violência, incluindo tiroteios que resultaram em feridos, entre eles crianças.