O governo do Chile emitiu uma declaração nesta sexta-feira (10) afirmando que a posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela carece de legitimidade democrática, destacando a falta de transparência no processo eleitoral realizado em julho de 2024. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Chile, o pleito foi fraudulento e não respeitou os padrões mínimos de integridade. A declaração reafirma a posição do governo chileno de que o povo venezuelano deve ter o direito de decidir seu futuro, e condena o aumento da repressão e das perseguições políticas no país.
O presidente chileno Gabriel Boric tem sido um crítico consistente do governo de Maduro e tem denunciado repetidamente a violação dos direitos humanos e a supressão das liberdades democráticas na Venezuela. A prisão temporária da líder da oposição, María Corina Machado, durante um comício em Caracas, foi mencionada por Boric como um exemplo do autoritarismo do regime venezuelano. O presidente chileno também reiterou que o governo de Maduro continua a perseguir organizações de direitos humanos e opositores políticos.
Desde o início da crise na Venezuela, Boric tem se posicionado firmemente contra o regime de Maduro, o que tem gerado tensões internas em sua coalizão governamental, especialmente com o Partido Comunista. A relação entre os dois países se deteriorou ainda mais após as críticas de Boric à eleição venezuelana de 2024, levando o governo de Maduro a expulsar diplomatas chilenos. O Chile segue pedindo o restabelecimento da democracia e o respeito aos direitos fundamentais na Venezuela.