O governo da Dinamarca propôs a aquisição de dois novos navios de inspeção do Ártico e o reforço das patrulhas de trenós puxados por cães, com o objetivo de fortalecer sua presença militar na Groenlândia. A proposta inclui também a modernização do aeroporto em Kangerlussuaq, uma antiga base militar dos EUA, para acomodar caças F-35. A Dinamarca já destinou 400 milhões de dólares para aprimorar a vigilância e a inteligência na região, com foco no Ártico e no Atlântico Norte, utilizando drones de longo alcance.
Apesar de a Dinamarca ser responsável pela segurança da Groenlândia, a presença militar na ilha tem capacidades limitadas, incluindo embarcações de inspeção antigas e patrulhas de trenós. O uso desses trenós remonta à Segunda Guerra Mundial, quando eram utilizados pela Marinha Real Dinamarquesa. A Dinamarca também enfrentou desafios financeiros, com uma década de cortes em seus gastos de defesa. No entanto, com uma nova alocação de recursos para fortalecer sua defesa, o governo dinamarquês iniciou negociações sobre como distribuir os fundos destinados ao Ártico.
Enquanto isso, os EUA demonstraram interesse estratégico na Groenlândia, com a presença militar permanente na Base Espacial Pituffik, essencial para a segurança americana, especialmente em relação ao sistema de alerta de mísseis balísticos. Embora o governo dos EUA não tenha planos de aumentar sua presença militar na ilha, analistas apontam que, se a Dinamarca não intensificar seus esforços, os Estados Unidos podem agir de forma independente para garantir sua segurança na região.