O ministro da Fazenda descartou a possibilidade de aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para conter a alta do dólar, ressaltando que o câmbio está passando por um processo natural de acomodação após tensões econômicas no final de 2024. Segundo o ministro, o foco está na recomposição da base fiscal do Estado por meio de propostas que tramitam no Congresso Nacional, sem mudanças no regime cambial brasileiro ou aumento de impostos com esse objetivo.
Em relação à reforma tributária, o governo planeja discutir a segunda fase, incluindo alterações no Imposto de Renda, apenas após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado e a aprovação do Orçamento de 2025. A proposta contempla elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil e aplicar uma alíquota na fonte para rendas acima de R$ 50 mil. Entretanto, o envio da proposta ao Congresso está condicionado ao encerramento de debates prioritários sobre o orçamento.
O ministro também mencionou ajustes necessários nos cálculos da Receita Federal, que atrasaram o envio de projetos relacionados ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Ele afirmou que as atualizações estatísticas serão avaliadas para garantir consistência nos modelos tributários e que a discussão sobre mudanças no Imposto de Renda deve ocorrer ao longo de 2025, conforme o cronograma previsto.